“Se fosse mulher em 1928, a liberdade lhe parecia uma meta inatingível. Para a sociedade, éramos apenas esposas e mães”, diz Alba Romero, na entrada do primeiro episódio. A narrativa se passa em 1928, época em que as mulheres enfrentavam uma desigualdade de direitos gritante, muitas vezes se subjugando aos homens para a sobrevivência ou porque foram ensinadas a isso.
Tudo começa quando Alba Romero, fichada na polícia devido delitos anteriores, é presa após um terrível mal-entendido. Para se ver livre, ela aceita uma oferta atípica de um policial e começa a trabalhar em uma empresa de telecomunicações. A fim de rouba-la, Alba enfrenta diversos desafios com suas colegas de trabalho, além de lidar com um amor do passado e com um possível futuro.
Ela é construída como uma mulher forte e disposta a arriscar tudo para conseguir sua liberdade de volta. “No final, todas nós, ricas ou pobres, queríamos o mesmo: ser livres. E se, para sermos livres tivéssemos de infringir a lei, estávamos dispostas a isso, apesar das consequências. Só quem luta por seus sonhos pode alcançá-los”, afirma Romero, com a sabedoria de uma sobrevivente.
Ao se aproximar de Carlota, Angeles e Marga, mulheres com personalidades totalmente diferentes, mas que sempre se juntam quando uma precisa, ela constrói algo que nunca teve antes: uma família.
Elas não tinham direitos, respeito e eram ensinadas a se calar e obedecer ao marido ou ao pai. Carlota lutava contra a tirania do pai e a igualde de direitos, Angeles lutava contra os abusos do marido, Marga lutava contra o medo do novo e Alba, contra os fantasmas do passado e a ameaças de um futuro livre.
A narrativa veio para quebrar paradigmas e chacoalhar os telespectadores. Com uma história repleta de paixão, traição, jogos de poder e um feminismo incrível. As Telefonistas mostra que não importa o quanto alguém tente roubar a sua liberdade, você é mais forte que isso e a ajuda de um amigo é sempre bem-vinda.
Geovana Sá
0 comentários:
Postar um comentário